Conscientizar e informar para cuidar: esses são os objetivos da campanha nacional “Fevereiro Roxo”, que alerta sobre lúpus, fibromialgia e Alzheimer – enfermidades crônicas, ou seja, que não têm cura, mas que podem ser tratadas para garantir mais qualidade de vida ao paciente.
E a mobilização não para por aí. Ela também tem por finalidade alertar para a importância do diagnóstico precoce, que só é possível observando os sintomas e buscando ajuda médica assim que os primeiros sinais aparecerem.
Mas que sintomas são esses? Como saber se nós mesmos ou alguém próximo pode estar acometido por uma dessas enfermidades? Para responder a essas e outras perguntas, conversamos com a médica reumatologista e chefe da especialidade na Prevent Senior, Juliana Fernandes Sarmento Donnarumma.
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Doença autoimune
O lúpus se enquadra na categoria das doenças autoimunes. Ou seja, são quadros em que o sistema imunológico não consegue distinguir o que é perigoso ao corpo humano, como vírus e bactérias, e o que são tecidos saudáveis, atacando estes últimos.
Não se sabe ao certo os motivos para o desenvolvimento desses problemas, mas fatores como predisposição genética e uso de alguns medicamentos são apontados como algumas das possíveis causas.
Neste contexto, o Lúpus é considerado uma das doenças autoimunes mais graves e importantes, de acordo com o Ministério da Saúde, e também pode ser causado por infecções ou ativado pela exposição solar.
Uma doença inflamatória
O Lúpus é uma doença inflamatória que pode afetar diversos órgãos e tecidos do corpo humano, podendo se manifestar de quatro maneiras distintas. Veja quais são:
- Lúpus cutâneo: ataca somente a pele do paciente e pode ser identificada com o surgimento de lesões avermelhadas com características específicas.
- Lúpus sistêmico: forma mais comum da doença. Pode ser leve ou grave e consiste na inflamação de qualquer parte do organismo, comprometendo mais de um órgão ou sistema, além da pele.
- Lúpus induzido por drogas: o uso de algumas substâncias, como Hidralazina, Procainamida, Isoniazida, Metildopa, Clorpromazina, Quinidina e Minociclina, pode provocar sintomas semelhantes ao Lúpus, que costumam desaparecer quando o consumo desses elementos é cessado.
- Lúpus neonatal: raro, atinge filhos recém-nascidos de mulheres que possuem a doença. Neste caso, os sintomas tendem a desaparecer depois de alguns meses.
Sintomas, diagnóstico e tratamento
O lúpus pode surgir repentinamente ou se desenvolver lentamente e atinge cada paciente de maneira diferente. Há casos leves, moderados e graves. Com isso, os sintomas não são uma regra e variam de acordo com o quadro apresentado por cada pessoa.
Ao sentir os sintomas acima, o paciente deve buscar atendimento médico para receber o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado. Para se descobrir a doença, são realizadas análises clínica e laboratorial. O tratamento da enfermidade, por sua vez, é individualizado, de acordo com a situação de cada paciente, mas sempre visando ao controle da doença para que a pessoa tenha uma boa qualidade de vida.
Mas, atenção! Sem a descoberta, de preferência de maneira precoce, e tratamento correto, o lúpus pode desenvolver complicações graves e até levar à morte. Nestes casos, os órgãos e/ ou estruturas mais afetadas costumam ser os rins, cérebro, vasos sanguíneos, pulmões e coração. Somado a isso, podem ser desenvolvidas outras enfermidades, como infecções, câncer, necrose e problemas na gravidez.
Fibromialgia
A fibromialgia é uma doença reumática (conjunto de mais de 200 patologias que afetam o aparelho locomotor), que causa dor generalizada e crônica (duração superior a três meses) em diferentes partes do corpo, especialmente nos tendões e nas articulações.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, a enfermidade é comum e afeta 2,5% da população mundial, sendo mais incidente em mulheres.
A patologia costuma surgir em pessoas entre 30 e 50 anos, mas há casos de pacientes mais jovens. A causa da doença não é conhecida, mas estudos indicam que ela pode estar relacionada a fatores como uma dor local mal tratada, trauma físico ou psicológico, doenças graves, reumáticas ou até mesmo o lúpus. Além disso, a médica reumatologista Juliana Fernandes Sarmento Donnarumma esclarece que a fibromialgia pode ter relação com a forma como o cérebro interpreta e transmite os sinais de dor. “Neste caso, é um distúrbio em que a dor é amplificada e as sensações que normalmente não provocam dor, começam a causar sintomas dolorosos”.
A especialista da Prevent Senior também cita fatores que pioram a doença e problemas que podem ser uma consequência da enfermidade. “Ela pode piorar com o estresse, a falta de sono e até mesmo com o clima. Além disso, pode manifestar sinais de cansaço, ansiedade, alterações de concentração e memória, distúrbios do sono, problemas intestinais e depressão.”
Principais sintomas da fibromialgia:
- Dor generalizada, que pode ser bastante forte e estar presente em diversos pontos do corpo
- Fadiga, falta de energia e cansaço excessivo, mesmo após dormir muitas horas
- Sono inquieto, com crises de apneia e insônia relacionada à dor da fibromialgia
- Dor de cabeça
- Formigamento em mãos e pés
- Dificuldades cognitivas, como problemas para se concentrar por longos períodos de tempo
- Síndrome do cólon irritável
- Palpitação
- Distúrbios emocionais e psicológicos
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Do diagnóstico ao exercício aeróbico
A fibromialgia não compromete as articulações e seu diagnóstico é feito por meio de exames físico e clínico (com base nos sintomas do paciente), além de exames de sangue para que sejam descartadas outras doenças reumatológicas que têm sintomas similares.
O tratamento, nestes casos, está mais nas mãos do paciente do que na medicação que pode ser prescrita. O mais comum, nestes casos, é a indicação de exercícios aeróbicos para aliviar os sintomas e permitir uma melhor qualidade de vida a quem possui a doença. Há também, por vezes, a recomendação de terapia com um profissional de psicologia para que o paciente consiga lidar com a dor.
“O tratamento deve ser multidisciplinar, incluindo medicamentos, atividade física e acompanhamento psicológico”, explica a médica reumatologista. “O exercício físico regular ajuda muito a melhorar a dor e fortalecer os músculos, mas o início deve ser gradual e lento, pois é comum que a dor piore nos primeiros dias.”
No rol de tratamentos não medicamentosos indicados para pessoas que possuem fibromialgia, a especialista cita a acupuntura, o Tai Chi Chuan, Yoga e a psicoterapia. Quanto à medicação, ela explica que podem ser prescritos remédios da classe dos antidepressivos e anticonvulsivantes, e ainda faz um alerta: “o uso regular das medicações de forma correta é extremamente importante, então qualquer inconveniência encontrada deve ser discutida com o médico para avaliar trocas e substituições”.
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Dicas que valem ouro
A médica da Prevent Senior aproveitou para dar algumas dicas de ouro quando o assunto é minimizar os sintomas causados pela fibromialgia.
Segundo ela, é possível reduzir os impactos da doença no dia a dia ajustando a posição da cadeira e da mesa do trabalho, para uma postura mais adequada, ou acertando o assento do veículo para uma direção mais confortável.
Quanto aos exercícios físicos, ela alerta que, além de fazerem parte do tratamento, ajudam as articulações a funcionarem e se movimentarem de forma apropriada, inclusive protegendo-as por meio do fortalecimento dos músculos ao redor delas. “Outra dica é manter uma dieta saudável, pois o controle de peso reduz a carga nas articulações, como joelhos, coluna e quadril”, complementa a médica.
O consumo de álcool e o tabagismo não são indicados para pacientes com o problema.
Doença de Alzheimer
Outra enfermidade que recebe atenção no mês de fevereiro é a Doença de Alzheimer, que integra um grupo de demências que acomete principalmente o público Adulto+ e tem como característica o declínio das funções cognitivas.
Descoberta no ano de 1906, a DA tem como principais sintomas a perda de memória, desorientação e mudanças de humor e comportamento, comprometendo atividades rotineiras. Em seu estado mais avançado, o paciente pode apresentar sintomas psiquiátricos, como alucinações, depressão e agitação.
Assim como o lúpus e a fibromialgia, a DA é uma síndrome degenerativa que não tem cura, mas pode ser controlada e ter os sintomas amenizados. Para isso, no entanto, é necessário buscar um médico assim que surgirem os primeiros sinais a fim de que seja realizado um diagnóstico certeiro. Para descobrir se uma pessoa possui a DA, é realizada uma avaliação clínica, que pode ser complementada com exames de imagem e laboratorial.
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ATENÇÃO! Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, recomendar tratamentos e receitar medicamentos. Em caso de suspeita de sintomas, agende uma consulta ou procure uma das unidades de pronto atendimento da Prevent Senior.
A Prevent Senior
Especialista em pessoas, a Prevent Senior está perto de completar 26 anos e conta com uma ampla rede própria. Os Hospitais e Prontos Atendimento Sancta Maggiore são equipados com o que há de melhor para oferecer sempre em cuidados diferenciados.
A rede ainda é composta por Núcleos de Medicina Avançada e Diagnóstica e Núcleos especializados em Cardiologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia e Reabilitação em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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